Os cartões de loja, conhecidos como private label, devem crescer 90% no Brasil entre 2011 e 2015 como principal instrumento de oferta de crédito para o consumidor de baixa renda, segundo o estudo “Consumer Credit in Latin America: Trends and Opportunities in Credit and Store Cards”, elaborado pela escola de negócios IESE Business School, da Universidade de Navarra. Um dos autores, Paulo Rocha e Oliveira, diz que os consumidores emergentes dependem do crédito com possibilidade de pagamento em prestações mensais, para terem acesso a produtos e serviços essenciais.
O estudo lembra que a economia brasileira estável, a renda em crescimento e o aumento do emprego formal ajudam a formar um bom cenário para o crédito. Os cartões de loja devem crescer com a diversificação para os cartões de crédito e co-branded (modalidade na qual o cartão de loja tem bandeira e pode ser usado em outros estabelecimentos, neste caso feito em associação a um banco).
O estudo estima que a taxa de substituição de cartões private label por co-branded seja de cerca de 25% ao ano. Ao adotar este tipo de cartão, o varejista também aumenta a fidelização de clientes por oferecer outros serviços adicionais em relação aos cartões de loja simples, que podem ser seguros, empréstimos e outros produtos de crédito.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o número de cartões de loja deve crescer 9% neste ano e atingir o total de 268,8 milhões de unidades. Estes cartões representam 29% do mercado. O número de cartões de loja só não cresce mais do que o de cartões de crédito, para o qual se projeta alta de 11%, ou 193,2 milhões.
Fonte: Diário do Comércio Web